Deuses do Egito Vol. 1 - O Despertar do Príncipe. [Resenha]


Título: O Despertar do Príncipe.
Autor: Colleen Houck.
Editora: Arqueiro.
Páginas: 384.
Link do Skoob.







       Olá, leitores! Estava ansiosíssima pelo lançamento desse livro, para lê-lo, e agora para fazer a resenha. Confesso que vai ser difícil falar dele sem dar nenhum spoiler, porque quando me empolgo é difícil parar, mas vou me esforçar. Como uma grande fan da Colleen Houck (para quem não sabe, ela é a autora da Saga do Tigre que eu tanto amo. Aquela  mesmo sobre mitologia indiana e com dois tigres lindos.), apesar de todos os clichês que ela tanto adora, sou meio suspeita para fazer essa resenha, mas vou tentar ser imparcial.

       Assim que li a sinopse, logo quando o livro foi lançado, tive um grande medo de que se tratasse de uma versão egípcia da A Maldição do Tigre. Mas falei: "Poxa, vou ler assim mesmo pra ver no que vai dar." Entendam: sou tão fascinada pela cultura egípcia quanto pela indiana, e livros com essa temática não estão espalhados por aí com tanto número quanto os vampirescos. E a história é basicamente assim:

      Lilliana Young é uma adolescente mantida a redias curtas pelos pais. A garota parece mais aqueles chihuahuas de madame adestrados. A garota não tem escolha própria, e até as amizades são baseadas em quem tem os melhores contatos. Resumindo: a garota não tem vida. Em um belo dia, enquanto esta analisando as propostas das universidades em que foi aceita no canto mais tranquilo no Museum of Art em NY, (a ala egipicia que esta passando por reforma), ela da de cara com um moreno forte, sarado, de sainha branca. Acontece que esse tal moreno forte, sarado e de sainha branca é Amom: uma múmia que acabou de despertar e precisa encontrar seus vasos canópicos quem contém seus órgãos/energia vital. O problema é que esses vasos canópicos não foram enviados ao museu juntamente com seu sarcófago, e ele precisa fazer um encantamento para utilizar da energia de outra pessoa e cumprir seus objetivos. E como Lilliana é a primeira pessoa que ele encontra, sobra pra ela. Com isso, a garota acaba se metendo em uma aventura cheia de ação, múmias, deuses esnobes e morenos bonitões.

       "Ao me virar para ir embora, olhei para baixo e de repente percebi duas coisas: primeiro, que o sarcófago cheio de palha não continha nenhuma múmia; segundo, que a serragem exibia outro conjunto de pegadas além das minhas, pegadas deixadas por pés descalços e que se afastavam do sarcófago."

       O problema em ler esse livro foi que, por mais que eu evitasse, não consegui deixar de comparar qualquer detalhe da historia com A Maldição do Tigre. E sim: haviam muitos detalhes semelhantes tanto no enredo como nos personagens, e a impressão as vezes era de que eu já tinha lido aquilo antes, mas com nomes e lugares diferentes. Mas percebi que a autora tentou evitar alguns clichês presentes na historia dos tigres ( mesmo que ainda tenha tido muitos). O que ajudou foi que a Lilliana é menos xata que a Kelsey, e o fato de ter mais foco na ação do que no romance. 

       O que não pude deixar de reparar é que a Colleen tem um fetiche por irmãos. E isso não basta: precisam ser morenos e da realeza. Pelo menos eu não vi muito espaço para um futuro triangulo amoroso (que eu não aguento mais), mas nunca se sabe o que a Colleen pode inventar, já que ela tem uma tendencia a criar protagonistas tão "lindas", "inteligentes" e "incríveis" que nenhum mocinho, vilão ou criatura do universo consegue resistir. 

       O problema é que mesmo com todos os clichês que eu tanto odeio, ainda sou fan da Colleen Houck. Me apaixonei pelo universo de A Maldição do Tigre e desenvolvi uma quedinha pelo de Deuses do Egito. Sim, a Colleen tem suas bolas foras, mas ainda assim ela consegue construir um universo fascinante. Mas vale avaliar bem antes de gastar 30 reais e tempo em livro de quase 400 paginas. Se você gostou de A Saga do Tigre mais pelo romance que pela aventura, provavelmente vai ficar decepcionado com O Despertar do Príncipe, mas se você não gostou de todo o romance melodramatico da Kelsey e do Ren (como eu), provavelmente vai gostar mais de O despertar do Príncipe que a Maldição do Tigre. Agora é esperar pelos próximos livros para ver no que vai dar.

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