Escritora Peregrina
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Escreva o seu livro em 10 passos com o Método Snowflake, de Randy Ingermanson


Você quer escrever um livro, você tem até mais ou menos uma ideia de qual tema e assunto a abordar, mas você não tem ideia de por onde começar. 

Pior: você não sabe como transformar uma ideia pequenininha em um texto grande o suficiente pra ocupar uma boa quantidade de páginas e se transformar em um livro. 

Mas não se preocupe, porque eu vou te ajudar a finalmente realizar o seu sonho de escrever um livro.


Transformar uma ideia em um livro não é fácil, porque a distância entre essas duas coisas é muito grande. É como se você tivesse no chão e tentasse de repente chegar no telhado de uma casa, o que é humanamente impossível fazer em um passo só. Mas e se eu construísse uma escada? Você subiria um degrau de cada vez e quando se assustasse já estaria lá em cima no telhado da casa. Ficaria muito mais fácil, não é? 

Então é assim que você vai conseguir escrever o seu livro. 

Você vai dividir em pequenas etapas, e a cada uma delas a sua ideia vai crescendo até finalmente se transformar no livro dos seus sonhos.

Eu estou falando do método snowflake, que foi criado pelo romancista Randy Ingermanson. Esse método tem como finalidade facilitar a vida do escritor. 

Vamos aprender como é que esse método funciona?

Passo 1

O primeiro passo é você escrever a ideia da sua história em 1 frase. Nessa frase, você precisa definir o seu protagonista, mas ainda não precisa saber qual vai ser o nome dele, e também vai definir qual é o objetivo do personagem. 

Vou dar o exemplo com o meu livro, "Brilhante como Ouro":

 "Garota decide provar que a lenda de El Dorado é real e que a mãe não era louca."

Passo 2

No segundo passo, você vai transformar essa frase em um parágrafo, que vai ser dividido em 3 partes. 

A primeira é o lugar comum, ou seja, como é a vida normal do seu protagonista. A segunda são obstáculos que seu personagem vai ter que enfrentar pra atingir seu objetivo, e a terceira é o final. 

O seu parágrafo vai ficar assim: 1 frase pra apresentar o mundo comum, uma frase para cada obstáculo, e o final da história. Ou seja, você vai resumir toda a história do seu livro em um parágrafo. 

Passo 3

No terceiro passo, você vai escrever um resumo sobre cada um dos principais personagens. Você vai definir nome, frase que define esse personagem, seu objetivo, sua motivação, algum conflito que o impede de alcançar seu objetivo, o que ele vai aprender ao longo da história e um resumo de um parágrafo sobre a história de vida dele.

Passo 4

No passo 4, você vai começar a expandir a sua história. Pegue o parágrafo que você escreveu no passo 2 e, para cada frase, escreva um parágrafo acrescentando detalhes. O parágrafo final deve contar como o livro termina.

Passo 5 

No passo 5, você vai pegar os parágrafos que escreveu no passo 3 e transformar em um resumo de 1 página para cada personagem principal e de meia página pros outros personagens. Esse resumo deve contar a história do ponto de vista de cada um desses personagens, ou seja, nem todos saberão de todos os acontecimentos.

Passo 6

No passo 6, você vai expandir ainda mais o enredo. Pegue o texto do passo 4 e transforme cada parágrafo em uma página. Provavelmente você vai precisar rever tudo o que já escreveu até aqui e fazer algumas alterações. 

Nesse momento, é importante definir a estrutura de enredo da sua história. Para isso, conheça a Estrutura em 3 Atos e a Jornada do Herói.

Estrutura em 3 Atos: o que é e como funciona?

A Jornada do Herói, de Joseph Campbell, explicada

Passo 7

No sétimo passo, você vai expandir a descrição dos personagens. Você vai acrescentar, aos resumos que você já fez sobre eles, todo detalhe que é preciso saber sobre esses personagens, mesmo que o leitor não vá saber deles.

Passo 8

No oitavo passo, pegue todas as páginas que você escreveu no passo 6 e faça uma lista de todas as cenas que você vai precisar para escrever tudo isso, como se você fizesse uma lista de compras. 

Passo 9

No passo 9, pegue cada linha da lista anterior e as expanda da seguinte forma: escreva um conflito para cada cena e escreva as frases dos diálogos que precisam acontecer nelas. 

Passo 10

Por fim, no último passo, você deve começar a escrever o seu livro. 

Eu sei que parece muita coisa para fazer antes de finalmente ir escrever o seu livro, mas eu te garanto que passar por todas essas etapas vai tornar o seu trabalho muito mais fácil. Eu sigo esse método e, depois que comecei, o meu trabalho ficou muito mais fácil. 

Todo mundo, na época de escola, aprendeu que um texto precisa de ter início, meio e fim. Depois, quando começamos a treinar para a redação do ENEM, essas partes ganham outros nomes: introdução, desenvolvimento e conclusão.

A verdade é que os nomes e as características variam de acordo com o tipo de texto. Aristóteles, por exemplo, chamava de prólogo, episódio e êxodo, ou tese, antítese e síntese.

Mas não importa a nomenclatura, a ideia é a mesma: sempre absorvemos as narrativas em 3 partes, que, quando se tratam de ficção (seja na literatura ou no cinema), são chamadas de 3 atos.

Mas, afinal, como funciona essa estrutura em 3 atos?

Estrutura em 3 atos

Primeiro ato

O primeiro ato é a introdução. Nela, acontecem alguns pontos importantes. São eles: apresentação do protagonista e da sua vida comum. É nesse momento que conheceremos sua personalidade e, principalmente, o seu desejo, ou objetivo. 

O ponto alto desse primeiro ato é uma mudança, que levará o personagem para o segundo ato. 

Segundo ato

O segundo ato é o desenvolvimento. Nele, o protagonista conhecerá outros personagens, fará amigos e inimigos, se desenvolverá e terá que enfrentar alguns conflitos.

Essa é a maior parte da história, a mais demorada, e por isso é quando o protagonista mais se desenvolve.

O ponto alto é um momento de decisão e preparação para o grande conflito final.

Terceiro ato

O terceiro ato é a conclusão. Nela, o protagonista enfrentará o maior conflito de toda a história, o momento do "tudo ou nada" também conhecido como clímax.

Esse clímax é que levará a história para o seu desfecho.

Um passo importante é planejar a divisão entre os 3 atos de forma equilibrada, para que assim a história não fique cansativa nem passe a impressão de ter sido escrita às pressas. Mas qual a melhor forma de dividir?

Como dividir a sua história nos 3 atos

A proporção do tamanho de cada ato em relação a toda a história geralmente é:

1º ato - 25%
2ª ato - 50%
3ª ato - 25%

Mas isso é apenas uma média. Você não precisa se prender exatamente a essa proporção.

Porém preciso te aconselhar: cuidado para não construir um primeiro ato muito grande, pois isso pode cansar o seu leitor e fazê-lo achar que está demorando demais para algo de realmente interessante acontecer.

Também tome cuidado para não fazer um terceiro ato muito pequeno, pois isso pode dar a impressão de que você estava com pressa de acabar a história e não desenvolveu o final como deveria.

Por isso, essas medidas servem como um guia para mantermos um equilíbrio ao escrevermos os 3 atos de nossa história.

Dentro da literatura ficcional, existem diferentes gêneros e subgêneros, e às vezes essa multiplicidade pode dar um nó em nossa cabeça. Por exemplo: como diferenciar ficção cristã de ficção bíblica e ficção teológica?

Ficção cristã, ficção bíblica e ficção teológica: qual a diferença?

Ficção Cristã

A ficção cristã é uma narrativa em que, em algum momento, o autor vai falar sobre Deus sob a perspectiva cristã, seja explicitamente (como no filme "Deus não está morto") ou implicitamente (como em "As Crônicas de Nárnia", de C.S. Lewis).

Ficção cristã - Deus não está morto e Amor de Redenção

Veja o que alguns autores falam sobre o assunto:
"Há algo distintivamente único em um romance cristão e começa com o coração do autor. Há uma mensagem, uma verdade que o autor está tentando se comunicar e ele usa uma história fictícia para fazer isso." - Bryan Powell
"A ficção cristã é uma categoria de histórias escritas por romancistas cuja visão cristã do mundo está tecida no enredo e no desenvolvimento dos personagens. Embora essa definição possa parecer simplista, por um lado, ou excessivamente ampla, por outro, esse agrupamento de romances é tão abrangente e variado em idade, interesse e profundidade espiritual quanto leitores." - Christy Awards

Ficção Bíblica

A ficção bíblica é uma narrativa ficcional que retrata personagens, eventos e cenários bíblicos. O exemplo mais famoso é a série "The Chosen" (que recomendo, inclusive). Na literatura, temos o livro "Rute: a estrangeira" da Lycia Barros e "Purim: entre a vida e a morte" da Suzy Layre.

Ficção bíblica - The Chosen e Rute: a estrangeira

Ficção Teológica

A ficção teológica é uma ficção com caráter mais explicativo do que descritivo, e tem como objetivo expor ideias teóricas sobre Deus e a religião. A melhor forma de diferenciar a ficção teológica da ficção cristã é percebendo que a teológica se preocupa mais com as ideias e questões complexas e teóricas, enquanto a ficção cristã se preocupa mais em desenvolver os personagens e transmitir as ideias através de suas vivências.
Ficção teológica - O Peregrino

O exemplo mais famoso de ficção teológica é o livro "O Peregrino", de John Bunyan.
É claro que algumas histórias podem passear entre os gêneros e mostrar características de mais de um deles. Um grande exemplo é "As Crônicas de Nárnia", que, embora seja aceita pela maioria como ficção cristã, também apresenta características da ficção teológica.


 

Histórias não são entretenimento. Ou pelo menos, não só isso.

Desde que o mundo é mundo, histórias são usadas para mais do que entreter. Os antigos patriarcas nas rodas em volta da fogueira, Jesus Cristo com as suas parábolas, os europeus com seus contos de fadas, até os grandes gurus do Marketing com as técnicas de storytelling... Todos sabiam e sabem do poder que as narrativas têm.


Basta você procurar no Google e verá como as histórias influenciam hábitos, comportamento, gostos e até valores. E talvez você nunca tenha notado, mas pessoas e empresas usam de histórias para te convencer a comprar seus produtos, a acreditar em sua marca e a admirá-la. Histórias nos conectam. Histórias nos emocionam. E é por isso que histórias são poderosas. Quem conta histórias tem o poder de influenciar. E é por isso que eu não só continuarei a contá-las como também me proponho a incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo.

 



Você já passou por uma fase em que não se achava criativo o suficiente? Eu já. Uma vez li um texto para a faculdade que falava de um teste que linguistas fizeram ao ensinar um animal a falar (não lembro qual animal era). Ele conseguiu aprender um vocabulário enorme, a ponto de manter uma conversa com humanos. Mas perceberam que ele só sabia responder com frases prontas. Quando ele precisava formular uma frase do zero, através da combinação de palavras, ele não conseguia. Mas onde eu quero chegar com isso? O texto trouxe uma questão bem interessante: o que mais nos diferencia dos animais é a criatividade, é a capacidade para criar. Isso me fez perceber que na existem pessoas menos ou mais criativas. A criatividade é algo natural ao ser humano, e a usamos até sem perceber (inclusive para falar). Entender a criatividade como algo natural em mim e que só precisa ser acessado foi crucial para que eu não me sentisse mais tão insegura com a minha escrita. Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança." Genesis 1: 26a Somos criativos pois fomos criados à semelhança de um Deus criativo.



A japonesa Marie Kondo revolucionou o mundo no que se trata de organização com seu livro A Mágica da Arrumação, onde descreve dicas que fogem ao senso comum de como se organizar o seu ambiente de vivencia e em como isso afeta toda sua vida. Preciso confessar que organização nunca foi o meu forte e quando soube desse livro, o devorei ávida por encontrar a receita secreta de como manter a casa organizada. Meu guarda-roupa já notou a diferença, então resolvi trazer pra vocês o que aprendi com esse livro:

1 - Comece descartando.

Passo básico da organização, descartar o que não é necessário é inevitável. Hora de desapegar.

2 - Mantenha apenas o que te faz feliz.

Esse foi aquele momento em que percebi porque era o clichê da mulher que tem um armário entulhado de roupas (e mais uma comoda) e ainda assim vive repetindo que não tem roupa. Muito pouco do que eu tinha, eram roupas que eu me sentia bem e bonita as usando. E segundo Marie Kondo, devemos manter apenas o que nos faz feliz. Assim, a organização contribuirá para o nosso bem-estar.

3 - Organize uma categoria por vez.

É comum organizarmos a casa por cômodo, mas segundo Marie Kondo, o correto é organizar por categorias.
"Na maioria dos casos, itens da mesma categoria são armazenados em dois ou mais locais pela casa. Se, por exemplo, você começar a arrumação pelo armário do quarto, quando acabar de separar o que fica e o que sai é provável que encontre peças de roupa que tinha guardado em outro lugar."
A ordem correta segundo a autora é: roupas, livros, documentos, itens variados e ao fim, artigos de valor sentimental. E se você tiver muitas roupas, você pode dividi-las em subcategorias:

  • BLUSAS (camisas, suéteres, etc.);
  • PARTES DE BAIXO (calças, saias, etc.);
  • ROUPAS DE PENDURAR (blazers, casacos, ternos, etc.);
  • MEIAS;
  • ROUPAS ÍNTIMAS;
  • BOLSAS;
  • ACESSÓRIOS (lenços, cintos, chapéus, etc.);
  • ROUPAS PARA OCASIÕES ESPECÍFICAS (biquínis, sungas, uniformes, etc.);
  • SAPATO.

4 - Faça sozinha.

O risco de alguém de sua família querer pegar para si algum item que você pretendia descartar apenas por dó de jogar fora, é imenso (eu sei o quanto isso é verdade), e sua casa irá continuar entulhada de tralhas.

5 - Guarde verticalmente.

Nada de empilhar as coisas. Isso além de dificultar seu trabalho na hora de procurar as coisas, pode desgastar as fibras dos tecidos das roupas que estiverem em baixo da pilha. Utilizando o método KonMari, você consegue visualizar melhor tudo o que possui além de economizar muito espaço.

6 - Não guarde alimentos em suas embalagens originais.

Geralmente alimentos vêm em embalagens de diversos tipos (garrafas, latas, caixas, pacotes) e tamanhos. Guarda-los dessa forma pode dar um aspecto bagunçado a seu armário e prateleiras. Coloque os alimentos em recipientes mais limpos visualmente e padronizados. e sua cozinha terá uma "cara" muito mais organizada.

A mágica da arrumação e o método Konmari
Imagem: https://www.awebic.com
E aí? Você já conhecia o método Konmari? Qual a sua experiência com organização? Se tiver alguma dica valiosa, é só deixar aqui nos comentários.


       No alto da ladeira mais íngreme da pequena cidadezinha sem nome, morava uma casa estranha. Em seu interior, vivia uma moça jovem e bela. Ninguém sabia seu nome, embora os homens da vila sonhassem com ela todas as noites. Já havia sido pedida em casamento por vezes incontáveis, mas ela sempre respondia: "Já sou casada com a casa". A moça nunca saía, a não ser para cuidar de seu canteiro de rosas. As flores carmesim eram belas e robustas como ninguém jamais havia visto, não importava a estação. E sempre que alguém lhe pedia uma rosa para dar à namorada ou uma dúzia para enfeitar a casa, a moça aparava os espinhos e doava sem titubear.
       Certa feita, um garoto sapeca, daqueles que deixam os pais e a professora de cabelo em pé, empinava uma pipa pelo morro. E no vai e vem das linhas, sua pipa foi parar no canteiro de rosas da casa estranha. O garoto, sem pensar, pulou a cerca de arame para seu brinquedo recuperar. E o que se sucedeu, ninguém sabia além de que o menino não era mais o mesmo. Os amiguinhos só sabiam dizer: "a moça bonita o convidou para tomar um chá". O menino gordinho, apareceu raquítico. E se antes não sabia parar, não abria mais a boca para falar. E assim foi, definhando até morrer.
       Os moradores da cidadezinha sem nome, enraivecidos, ameaçaram a loira de abuso e até de bruxaria, mas ela alegava ser inocente. A levaram até a delegacia para ser interrogada, e ao lá chegar, começou a se transformar. Sua pele enrugou, suas curvas deram lugar a ossos aparentes, seus cabelos branquearam e seus dentes caíram. Logo, o que antes era uma bela jovem se tornou uma velha frágil e encurvada. E ao longe, na casa estranha no topo da ladeira, as rosas começaram a murchar.
       Muitos anos se passaram desde a morte da moça. E a mãe do garoto, de curiosidade, resolveu a casa abandonada no alto da ladeira visitar. O canteiro de rosas fora tomado por mato, e as janelas, teias de aranha colecionavam. A mulher abriu a porta, sem dificuldade, e olhou pasma para o interior da casa. Os móveis estavam limpos, e tudo em perfeita ordem como se ali alguém morasse ou cuidasse. Ela chamou por alguém, olhou em todos os cômodos e chegou a conclusão: a casa estava realmente abandonada. Na cozinha, seus olhos foram atraídos para a mesa circular. Ali, haviam frutas lindas e frescas. Um bolo de fubá e um bule de chá completavam o banquete e olhando com atenção, podia ver a fumaça. E que cheiro a exalar!
       No meio de tudo, uma folha estava a esperar. E nela, em letra bonita, escrito um poema estava:

Muitos anos se passaram
Desde a triste maldição
A moça bela jamais casaria
Pois estava presa à mansão.
E pra viver eternamente
Sem definhar em solidão
Corações puros e frescos
Alimentariam as flores então.
Mas a moça foi arrancada
Da casa a que pertencia
E agora a casa precisa
De uma nova companhia.
Sendo assim, fica escrito
Que a primeira alma singela
Ao entrar pela porta
Me dará devoção eterna.

       Olá, pessoal! Esse é um conto de minha autoria. Espero que vocês tenham gostado. Por favor, deixem nos comentários a opinião de vocês, pois ela é muito mportante pra me motivar a continuar a escrever e também pra me ajudar a melhorar. ❤


       "[...]Você é um Abissal – Prosseguiu ele – e isso não é pouca coisa. – Seus dedos mordiam minha carne. – Nunca deixe ninguém te tratar por menos – seu aperto se estreitou. – Principalmente algum lacaio do governo. – Ele me soltou e socou o botão de emergência novamente."
       Logo nas primeiras linhas, você se sente transportado para um outro universo. Um universo onde todo que te cerca é água. Em Dark Life - Vida Abissal, livro da autora Kat Falls publicado no Brasil pela Ciranda das Letras, a ação e aventura nos acompanha em todos os momentos, e ainda nos fala sobre família e seus laços.

Dark life, vida abissal, Kat Falls

       A narrativa é envolvente, e embora não seja dos livros mais finos, a leitura é fluida. A vontade de saber sempre o que acontecerá a seguir, nos faz seguir com a leitura sem perceber que já se passaram inúmeras páginas. O clima de tensão e as várias reviravoltas, me prenderam do inicio ao fim, o que é incomum para uma história infanto-juvenil.
- Eu quero nascer de novo, numa nova família.
- Você não precisa nascer de novo para ter uma família nova.
Dark life, vida abissal, Kat Falls

       O universo da história é completamente diferente dos que já vi em outras distopias, o que me surpreendeu pela originalidade. Somos o tempo todo cativados pela vida peculiar que o protagonista leva, tão diferente do que estamos acostumados a ver sendo narrado. Espero que esse andamento continue nos próximos livros da série.



Curiosidade:

Ouvi dizer por aí que a Disney irá levar essa série para as telonas. Será?


Dark life, vida abissal, Kat FallsDark life, vida abissal, Kat FallsA diagramação é bem legal, com uma imagem na parte de dentro da capa imitando água, e as águas-vivas (ou seriam as casas dos abissais que imita o formato do bichinho?) no inicio dos capítulos. Um detalhe negativo está na edição. Não sei se existem outras edições diferentes, mas a que tenho, apesar de ser extremamente nova, já está descolando na lambada (como podem ver na foto), e olha que sou bem cuidadosa com meus livros, a beirar a chatice.

Onde comprar: Saraiva - Walmart - Estante Virtual - Site da editora

Dark life, vida abissal, Kat Falls

Autor: Kat Falls | Tradução: Marcos Bagno | Editora: Autores Associados LTDA | Selo: Ciranda de Letras |  Edição: 2011 | Páginas: 276 | ISBN: 978-85-62018-07-7 | Adicione: Skoob

       Em um planeta devastado por enchentes, Ty se orgulha de ter sido o primeiro a nascer no ambiente oceânico. Apesar das lendas sobre a Vida Abissal e os Dons Abissais, ele tem uma vida normal, junto a seus pais e irmã, em uma fazenda submarina.
       Mas tudo muda quando ele conhece Gemma, uma garota do Topo, e se vê obrigado a defender-se de uma gangue de criminosos.
       Tudo o que ele achava que sabia sobre sua vida submarina é colocado em xeque. E antigos segredos vêm à tona.

       Kat Falls mora com seu marido e três filhos em Evanston, Illinois, onde leciona Roteiro na Universidade Northwestern. Este é seu primeiro livro. Sendo uma defensora dos animais, tem um profundo sentimento de respeito por todas as criaturas, até pelas viscosas e escamosas.

Imitando Fotos Tumblr (de livros)


       Olá, Leitores! A nova modinha é:

Imitar fotos tumblr

       E eu resolvi trazer isso aqui pro blog. Então no post de hoje eu vou:

      Imitar (na verdade, me inspirar em) fotos tumblr de livros!


       Lembrando que já vi muita gente se descabelando pra tirar a foto igualzinha a original. Mas precisamos lembrar que a nossa realidade é diferente da realidade da pessoa que tirou aquela foto, e que nós temos que tomar cuidado para não perdermos a nossa identidade ao tentar imitar algo tão perfeitamente, beleza?

Imitando Fotos Tumblr (de livros)

       A primeira foto que eu escolhi, foi essa do instagram literário @miss_mandrake. Sim, eu sei que é "imitando fotos tumblr", mas atualmente, a expressão "fotos tumblr" se tornou mais um indicador de estilo de fotos do que de fotos postadas no Tumblr.

       Para fazer o fundo de madeira, eu usei uma gaveta do meu guarda roupa antigo. No lugar desse tecido ou seja lá o que for, peludinho, eu usei uma toalha azul (coloquei do avesso que é mais clarinho). Como eu não tenho esse tronco de arvore da foto, eu usei uma caixinha de madeira. Peguei o meu marcador mais bonitinho, e usei uma rosa que ganhei de lembrancinha no casamento da minha amiga e umas folhas secas no lugar das flores. E a foto ficou assim (bem feínha, né?):


       E depois de editada, ficou assim:

Imitando Fotos Tumblr (de livros)
Imitando Fotos Tumblr (de livros)

       Seguem outras fotos:

Imitando Fotos Tumblr (de livros)
Imitando Fotos Tumblr (de livros)

Imitando Fotos Tumblr (de livros)
Imitando Fotos Tumblr (de livros)


Imitando Fotos Tumblr (de livros)

       E aí? O que acharam? Eu não tentei imitar as filtros das fotos, porque queria que ficassem mais a "minha cara". Eu gostei do resultado, e preciso confessar que a ultima foi a minha favorita.

       Olá, leitores! Com o mundo criado e os personagens definidos, chega a hora de planejar o enredo.

Resumo e Planejamento de Enredo.


       Comece fazendo um pequeno resumo de sua história. Veja um exemplo com a história da Cinderela:

       Uma menina é maltratada pela madrasta e suas meia-irmãs que não a deixam ir ao baile do príncipe. Mas ela vai assim mesmo, e o príncipe se apaixona por ela. Os dois se casam e vivem felizes para sempre.
       Depois, faça um novo resumo, mas dessa vez acrescentando mais detalhes sobre como algumas coisas acontecem e são solucionadas:

       Cinderela vive com a madrasta e as duas meia-irmãs; isso porque o pai morreu quando ela ainda era criança. A madrasta e as meia–irmãs a maltratam e a tratam como uma criada. É anunciado um baile real onde o príncipe irá escolher sua noiva e todas as jovens do reino estão ansiosas para ir, inclusive Cinderela. Porém, a madrasta a proíbe de ir pois quer que uma de suas filhas seja a escolhida.
       Após as três irem para o baile, a fada-madrinha aparece para Cinderela, e em um passe de mágica a deixa linda como uma princesa, transforma uma abobora em uma carruagem e dois ratinhos em cavalos para a levarem ao baile. Porém, a adverte a voltar para casa antes da meia noite, que é a hora que o encanto será desfeito.
       No baile o príncipe se apaixona por Cinderela, mas antes que ela lhe revele sua identidade, etc...

       Depois do resumo feito, eu costumo planejar cada cena da história, e isso me serve de guia na hora de escrever e diminui o risco de não saber para onde ir com a história.

       Ex:
       Cena 1: Cinderela m casa sendo maltratada pelas madrasta.
       Cena 2: É anunciado o baile real.
       Cena 3: Madrasta manda fazer vestidos para as filhas,
       etc...

       Outro recurso que muitos usam, é a jornada do herói que consiste em 12 passos que a maioria das histórias possuem. Também é uma boa forma de construir o enredo de sua história, colocando pontos autos e baixos. Se você quiser saber mais sobre a jornada do herói, recomendo o post A Jornada do Herói, de Joseph Campbell, Explicada.

       Joseph Campbell, estudioso norte-americano de mitologia e religião comparada, criou um modelo de como seria o passo-a-passo no percurso de transformação de uma pessoa comum em um herói. A Jornada do Herói é muito utilizada em roteiros de cinemas, series e planejamento de enredos de romances. Então, confira aqui, os doze passos da famosa Jornada do Herói:

        1 - Mundo Comum:
       Nesse primeiro passo, o personagem é apresentado em seu cotidiano. Usando como exemplo a estória da Cinderela, seria aqui que mostraríamos sua convivência nada fácil com a madrasta e suas meia-irmãs.

       2 - O Chamado da Aventura:
       Aqui, um desafio ou uma aventura se apresenta ao herói. No caso da Cinderela, o baile do príncipe.

       3 - Recusa do Chamado:
       O personagem recusa ou demora a aceitar o desafio ou aventura. Cinderela, acredita não poder ir ao baile.

      4 - Encontro com o mentor:
       O personagem se encontra com um mentor que irá lhe ajudar e encorajar a entrar na aventura. Ex: A fada madrinha.

       5 - Cruzamento do primeiro Portal:
       O personagem abandona o mundo comum e entra na aventura. Ex: Cinderela no baile.

       6 - Provações, aliados e inimigos:
       É nessa fase que o personagem encontra aliados e começa a enfrentar inimigos. No caso da Cinderela, poderíamos citar o príncipe como um "aliado".

       7 - Aproximação da vitória:
       O personagem conquista êxitos em suas provações. O príncipe se apaixona por Cinderela.

       8 - Provação difícil:
       O personagem enfrenta uma crise. O relógio bate meia-noite.

       9 - Recompensa:
       O personagem recebe uma recompensa. No caso da Cinderela, podemos citar o fato de ter se divertido com o príncipe sem que sua madrasta descobrisse sua fuga.

       10 - Caminho de Volta:
       O herói retorna para seu mundo comum. Cinderela retorna para casa e sua vida sofrida.

       11 - Ressurreição do Herói:
       Teste final que o herói precisará enfrentar. A madrasta tenta enganar o príncipe para que ele case com uma de suas filhas.

       12 - Regresso com o Elixir:
       O herói vence. Cinderela se casa com príncipe e vivem felizes para sempre.


Precisamos falar sobre romance. Mais especificamente sobre o romance na literatura atual.

Romance: 1. Narrativa ficcional em prosa, com vários personagens e acontecimentos, mais extensa e mais complexa que o conto e a novela. 2. Descrição extensa e fantasiosa. 3. Aventura amorosa.

Deixemos de lado o termo quando classifica gêneros textuais, e foquemos na classificação em gêneros literários; aquela que nos diz o assunto a ser tratado na obra. Aventura Amorosa.

Amoroso: Que tem ou sente amor.

Logo percebemos que uma ficção que tem Romance como gênero literário, tem como base um estória de amor. Ou pelo menos, é o que deveria ser.

Nos últimos anos, tenho diminuído minha cota de romances em minhas listas de leitura, não por não gostar do gênero, mas por uma sucessão de desapontamentos. Afinal, se abro um romance para lê-lo, espero encontrar ali uma estória de amor. Então, imagine você a minha reação ao me deparar com estórias de obsessão, abuso e agressão.

Minha primeira decepção foi com um livro que ficou tão famoso que ganhou uma adaptação para o cinema. Naquela época, ele nem mesmo havia sido publicado aqui no Brasil, e eu, ansiosa para ler uma nova estória e sem dinheiro para comprar um livro, optei pelo download de um e-book traduzido por leitores.

Cerca de dois anos se passaram e me senti na vontade de dar um tempo na literatura fantástica e me aventurar novamente pelas águas dos romances. E atraída pela palavra "máfia" na sinopse, acreditei que estava prestes a iniciar uma boa leitura. Porém, percebi que fora enganada ao me deparar com a estória de um relacionamento abusivo onde a mocinha é tratada com extrema violência e arrogância pelo "mocinho". Com isso, você deve estar pensando que ao final, o livro nos apresenta uma linda mensagem de conscientização contra a violência à mulher. Porém, ao contrário disso, vemos uma suposta "linda estória de amor".

Eu poderia escrever um livro apenas para citar exemplos de estórias como a de um dos livros mais vendidos da atualidade onde o rapaz trata a moça como lixo, a leva para o meio de uma mata onde acontece uma cena caliente, a trata como a barata que mora na porta do banheiro, a leva para a cama, a trata pior que a barata que mora na porta do banheiro, etc... E ao fim, tudo é justificado pelo mal relacionamento que o sujeito tem com o pai e sua aparência atraente. E mais: é aplaudido como uma "linda estória de amor".

Me preocupo em ver uma geração que aceita um homem ser violento e completamente tosco com uma mulher, e achar que uma infância triste e uma barriga de tanquinho são justificativas para que o sujeito aja de tal forma. Temos garotas de 12, 13 anos de idade lendo esses livros e sonhando com esses "mocinhos", os chamados de crushs literários. Que geração de mulheres estão sendo formadas? Uma geração que acha que um homem levá-la para a cama e na manhã seguinte a pisar como se fosse um inseto, é uma situação normal e sinônimo de amor?!

Escrevo esse texto como forma de protesto, e também como um apelo aos escritores. Tudo que vemos, lemos ou ouvimos, exercem um papel na formação de nosso caráter, mesmo que indiretamente. Portanto, por mais que se trate de uma estória ficcional, um livro tem o poder de formar opiniões. Com isso, só peço que tomem cuidado quanto a mensagem que está sendo passada através de seus textos. Cito aqui, a famosa frase saída de um dos HQ's da Marvel: "com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades."

     Olá leitores! O meu mundo já esta praticamente todo criado, e essa semana irei me dedicar na criação dos personagens. Na verdade, como eles já foram criados no ano passado quando comecei a escrever a historia, irei apenas aperfeiçoa-los.

Personagens e Fator "E se?"


       Uma dica, é criar uma ficha para cada personagem, com um desenho (uso o app para celular Doodle Face) ou uma foto de alguém que se pareça com o personagem e todas as características anotadas. Aqui a baixo vai um exemplo:


       Mas antes da criação das fichas, acho válido um outro processo: escrever contos sobre o passado dos personagens. Além de ser uma ótima forma de já ir treinando a escrita para novembro, também nos ajuda a definirmos melhor qual a personalidade dos nossos personagens (alguém aí já começou a escrever uma história com um personagem tendo uma personalidade, para no decorrer do tempo ele começar a criar vida própria e se mostrar bem diferente de como você queria inicialmente?). Escrever um conto sobre o passado dos personagens, também nos ajuda a conhecê-los melhor, saber quais são suas dores, quais acontecimentos os tornaram quem são hoje, e quais são suas ambições e anseios.

       Um erro que vejo muitos cometendo é criar um protagonista complexo, a até mesmo um vilão, mas se esquecerem do personagens secundários. Lembre-se: assim como seu protagonista está vivendo a historia dele, ao seu redor há dezenas de personagens secundários vivendo suas próprias historias. Criar personagens secundários tão complexos quanto seu protagonista e vilão torna a história mais enxuta, preenchida e interessante ao leitor. Afinal, não é todo mundo que vai amar seu protagonista e odiar seu vilão. Então, os dê mais opções de personagens para amar e odiar. Mas esses sentimentos só irão se desenvolver no leitor se seu personagens forem tão complexos quanto pessoas reais.

       Com os personagens criados, vem a hora do "e se?". Pegue um caderno ou abra um documento do Word e comece a se perguntar: "E se acontecesse isso com o protagonista?" "E com o vilão?" "E com o fulano de tal?" "E se acontecesse aquilo?" Aqui vale inclusive usar o ambiente de sua história. Por exemplo, se há um vulcão próximo a onde seus personagens vivem, se pergunte o que aconteceria se de repente ele entrasse em erupção. Se em algum momento seus personagens precisarem viajar pelo mar, se pergunte o que aconteceria se tivesse uma tempestade. Se eles vivem no litoral, e se acontecesse um tsunami? E um terremoto? Ou um incêndio que acabe com as moradias, as plantações, o gado? Também é válido se perguntar como os personagens reagiriam caso tivessem de lidar com seus maiores medos. Anote todas as respostas, e isso irá nos dar muitas opções quando acharmos que a vida de nossos personagens esta fácil de mais.


       Em tempos de luta somos levados a sucumbir ao desespero; a nos lançarmos em um mar de incertezas com a confiança firmada em nossa capacidade de prender o fôlego em baixo d'água e dar braçadas para nos levar além. Mas nem sempre somos bons nadadores. Nem sempre nos deparamos com águas tranquilas. E nas ocasiões em que temos de enfrentar o mar revolto, somos confrontados pela realidade de que não somos nada além de seres humanos; peregrinos nesse oceano que é a vida e criaturas que não foram criadas para a vida aquática.

       Nos enxergamos como super-heróis, dotados de habilidades capazes de nos fazer transcender nossa existência aparentemente fadada à ausência de significado. Buscamos desenfreadamente chegar a algum lugar que na maioria das vezes nem ao menos sabemos qual é. Queremos ser grandes, reconhecidos. Ansiamos por conquistas imensas e não notamos o antolho em nosso rosto nos impedindo de enxergar o mundo a nossa volta.

       Já dizia o grande Mestre que deveríamos ser como crianças. Crianças vivem o hoje, o agora, aproveitando a alegria dos pequenos momentos da vida. E para nós que já somos crescidos e nos julgamos tão maduros, esses pequenos momentos deveriam possuir mais importância que a necessidade de uma promoção no emprego ou uma viajem à Europa. Mas ao invés disso, passamos por eles de olhos tapados para só percebe-los quando a velhice e o enfado forem tudo que nos restar.

       Que ao contrario disso, a cada dia possamos todos nos tornar como crianças, tendo a convicção de que um sorriso é mais precioso que um aperto de mão.




       Olá leitores! Na semana passada, criei toda a parte geográfica do mundo onde se passará minha história. Nessa semana, irei me dedicar à história desse mundo, cultura, idioma, sistema político, economia e mapa.

História, Política e Economia.


       Toda sociedade, tem conflitos. Por isso, é inevitável que não tenha ocorrido alguma guerra no passado de um mundo. No caso de minha história, ha uma guerra acontecendo no presente, e preciso criar toda uma história por trás dessa guerra: Quando a guerra começou? Quem começou? Por quais motivos? Porque ela ainda não acabou? Quais os impactos que ela tem sobre a vida dos personagens, sejam eles guerreiros lutando na frente da batalha, políticos, nobres, ou pobres?

       Caso em seu mundo não tenha uma guerra acontecendo no presente, mas tenha tido uma no passado, é importante se perguntar também quais as consequências que ela deixou na sociedade e como ela influencia o seu mundo hoje.

Imagem: http://www.rpgvale.com.br/2011/02/arte-da-guerra-rpgista-guia-para.html

       Na criação da cultura, é importante definir qual a sensação que quer que os leitores sintam ao ler a história. Depois, imagine que cores passam essas sensações. Por exemplo, tons de cinza irão dar um tom mais sombrio ao ambiente, enquanto que branco e azul claro passa uma sensação de serenidade. Já o vermelho e laranja, passam uma sensação de calor. Após definidas as cores, tente as inserir no seu mundo, nas vestimentas e na arquitetura. As formas devem ser definidas aqui também. Se puder desenhar mesmo de forma amadora os tipos de vestimentas que os habitantes de seu mundo usam e o estilo das construções, será melhor que simplesmente imaginar.

       Logo em seguida vêm outras perguntas, como: como é a  economia em seu mundo? Existe uma moeda, ou é utilizado o esquema de trocas? Se existe uma moeda, qual o nome dela? Quanto ela vale? Em que a economia de seu mundo se baseia?

       Quanto ao regime político, procurei criar um novo regime diferente dos existentes em nosso mundo. O líder máximo do meu mundo ,por exemplo, é chamado de Guia, e esse é um título herdado hereditariamente (como na nossa monarquia). Porém, cada Guia tem um mandato de 30 anos, podendo ser prorrogado por mais 5 anos apenas no caso do filho ainda não ter atingido a maior idade (20 anos) e não ter constituído uma família ( "se um homem não sabe administrar um família, não saberá administrar um povo" é um lema em meu mundo). Em caso de o filho não estar capacitado de subir ao poder ao fim dos 35 anos de mandato do pai, o título será dado ao próximo na linha de sucessão que esteja qualificado.

       Obs: Outro dado importante é a criação de um calendário. Quantos dias e meses tem um ano no seu mundo? Quantos dias e semanas tem um mês? E quantas horas tem um dia? E será que em seu mundo serão usadas as nomenclaturas "anos", "meses", "semanas", "dias'', e "horas", ou os períodos de tempo serão chamados de outra forma?

       O idioma é a parte mais complicada, e longe de mim ter a habilidade para criar algo tão complexo. Por isso, me limitei em criar apenas algumas palavras. Esse é um trabalho que venho fazendo desde o ano passado, e ainda tenho muito o que melhorar. Recomento que você leia o texto Como criar o idioma de um livro de fantasia do Raccoon, onde explica com detalhes.

       Finalmente, o mapa. Não sou desenhista, mas para minha sorte, não é preciso saber fazer linhas retas para criar um mapa. Um conselho é utilizar o mapa do nosso próprio mundo como guia, cuidando apenas de vira-lo para direções diferentes e fazer algumas pequenas alterações. Você pode transformar uma cidade do nosso mundo em uma ilha do seu, ou até mesmo em um continente. Também recomendo o site Inkarnate, próprio para criação de mundos de RPG e é uma mão na roda de quem não tem o dom do desenho.

Mapa de A Ilha de Bardo do livro A Ilha de Bardo feito no site Inkarnate
Mapa de A Ilha de Bardo do livro A Ilha de Bardo feito no site Inkarnate


       No meu caso, preciso de dois mapas. Um mapa múndi do planeta, e um outro de uma cidade subterrânea onde se passa a maior parte da história. Para esse ultimo, usei como inspiração a cidade  subterrânea de Derinkuyu, na Turquia.


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SOBRE MIM

Tenho duas grandes paixões: escrita e literatura. Sou a Kézia Garcia, escritora, revisora de textos e redatora. Hoje ajudo pessoas que se interessam pela escrita a contarem suas histórias através de textos incríveis e faço isso por meio do meu projeto "Escritora Peregrina", afinal, histórias nos conectam, histórias nos emocionam, histórias são poderosas.

Brilhante como Ouro: cidade dourada perdida

Quando Aurora desconfia que o misterioso rapaz que a segue há um ano pode ter algo a ver com o assassinato da mãe, ela decide: fará de tudo que for necessário para provar que sua mãe não era louca e que a cidade perdida de El Dorado não é só uma lenda. Aurora embarca em uma viagem pela Floresta Amazônica em busca de El Ddorado, a cidade perdida de ouro, que foi motivo de grandes expedições europeias no passado. Junto com a melhor amiga e um falso guia turístico, vai enfrentar a Serra do Roncador, um dos lugares mais misteriosos do Brasil, para provar que uma lenda nunca surge do nada. DISPONÍVEL NA AMAZON

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