Titulo: A Bandeja.

Autor: Lycia Barros.

Editora: Arqueiro.

Paginas: 251.

ISBN: 9788577670246

     Oi leitores! Hoje eu chego falando de um livro que eu li já faz um tempinho, bem antes de eu criar o blog. Mas eu resolvi fazer a resenha dele para vocês mesmo depois de tanto tempo porque acredito que vala a pena vocês conhecerem.

    A Bandeja, é o primeiro livro da série Despertar, escrita pela escritora Lycia Barros, e conta a estoria de Angelina, uma garota de 18 anos que cresceu mimada pelos pais na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Criada em um lar cristão, ela sempre foi protegida debaixo das asas dos pais. Até que ela realiza seu grande sonho: passa no vestibular para cursar letras na UFRJ.

      Angelina se muda para uma republica, e precisa conviver com sua colega de quarto que adora dar um tapinha de vez em quando, baratas que fazem do quarto delas a sua casa, professores descompromissados, e por aí vai. Mas o que Angelina não esperava é que fosse se apaixonar, e logo pelo professor bonitão.

    Logo ela se vê no meio de um romance "arrebatador", e começa a esquecer de sua família, amigos, estudos, sua fé, e principalmente, começa a perder sua essência.

     "Aprendi que escolher o errado é sempre mais fácil, as coisas boas e permanentes nem sempre são as primeiras a aparecer."

      Sei que sou suspeita para falar pois sou evangélica assim como a autora do livro e a protagonista, e esse é um ponto bastante enfatizado no decorrer da estoria. Mas esse é um livro que não prega sobre religião. Sinto que A Bandeja não poderia ter chegado em um momento melhor, quando temos sido bombardeados de livros que contam estorias de mocinhas que se apaixonam por "príncipes encantados" e de repente anulam toda sua vida em função de viver esse romance. A Lycia não teve vergonha de tratar abertamente de assuntos como sexo e drogas, mesmo o livro sendo intitulado como um romance gospel, acredito que isso tenha sido fundamental para nos fazer refletir com clareza. Nem acho que deveria ser chamado assim, pois a estoria não fala sobre religião, e sim sobre o amor e o cuidado de Deus.

      Para mim que tenho costume de ler distopias e fantasias, foi bom ler algo mais realista, pois me senti mais próxima do universo do livro. A estoria de Angelina já aconteceu com a grande maioria das meninas, e para as poucas que nunca passaram por algo assim, conhecem pelo menos uma pessoa que sim. É algo tão comum, mas que não deveria ser.

     A Bandeja nos traz uma lição muito valiosa sobre não perder sua essência em função de outro. Esse é um livro que vale muito a pena ler, e recomendo tanto para quem é cristão e quem não é. Afinal, como disse anteriormente, apensar da protagonista ser evangélica, em momento algum o livro nos prega uma religião, mas deixa varias lições maravilhosas.

     "As paixões arrebatadoras dificilmente tem algo a ver com o amor verdadeiro e duradouro instituído por Deus. Esse sentimento enganoso, tão comumente confundido com amor, se vivido de forma errada, pode arrasar uma pessoa, e eu não daria o nome de amor a isso. O amor faz bem e não é algo destrutivo. É o maior dom de Deus."