Bem galera... Esse livro é um pouco antiguinho ( de 2010), mas eu o li apenas esse ano. Por que? Eu estava criando uma certa resistência à ele, por se tratar de uma história de vampiros, e eu já estou um pouco calejada disso. Mas após muito tempo, eu resolvi dar uma chance à ele. Então, vamos à resenha:

     A história é contada em primeira pessoa pela protagonista, Jessica Packwood. Ela nasceu na Romênia, mas seus pais morreram quando ela ainda era um bebê, e acabou adotada por um casal de americanos que estava em viajem por suas terras na época. Sendo assim, Jessica cresceu em uma fazenda no interior da Pensilvânia, tendo uma vida tipica de adolescente AMERICANA de filme de Seção da Tarde: Nerd, com uma melhor amiga que adora ler horoscopo, e apaixonadinha por Jake Zinn, um bonitão da escola.

      Até que, em um dia nublado, chega um aluno novo na escola. Lucius Vladescu é seu nome. O cara é até bonitão, europeu, mas também consegue ser bastante esquisito. Além de insistir em sempre usar um sobretudo de veludo preto, ele consegue ser um tanto irritante com seu jeito esnobe de se achar superior a todos. E é claro que Jessica detesta isso. Mas o pior é que ela começa a desconfiar de que esta sendo perseguida pelo cara que aparece a observando em varias ocasiões. E a garota fica desesperada quando um dia, ela o escuta a chamando pelo nome Antanásia. Antanásia é o nome verdadeiro de Jessica - o que ela tinha antes de se mudar para o EUA, e ninguém além de seus pais adotivos e sua melhor amiga sabia sobre esse nome. Pelo menos, até então.

      Até aqui, eu não estava esperando muito do livro. Achava que fosse mais uma história ao estilo Crepúsculo ou Diários de Vampiro. Até que chegou em um cena que se tornou um divisor de águas para mim. A cena que, na minha opinião, é  a melhor de todo o livro. Por que, vamos pensar bem. Se fosse em algum outro livro sobre vampiros, quando Lucius contasse para Jessica que era um vampiro, seria mais ou menos assim:

— Eu sou um vampiro.

Eu olhei para Lucius Vladescu, e enquanto ele me encarava com seu olhar sombrio, tudo começou a fazer sentido. A forma como ele lambeu os lábios ao sentir o cheiro de meu sangue na sala de aula...  Ser vampiro combinava com Lucius. 

— Então, você bebe sangue? 

     "— Estou cansado da sua ignorância. — Ele chegou mais perto de mim, inclinando-se. — Como seus pais se recusam a informá-la, eu mesmo darei a notícia. E vou fazer isso do modo mais simples. — Ele apontou para o próprio peito e anunciou, como se falasse com uma criança: — Eu sou um vampiro. — E apontou para o meu peito. — Você é uma vampira. E vamos nos casar assim que você alcançar a maioridade. Isso foi decretado desde o nosso nascimento.

     Não cheguei a processar a parte do "vamos nos casar", muito menos o lance sobre "decretado". Eu já tinha me perdido na parte do "vampiro".

     Pirado. Lucius Vladescu é completamente pirado. E estou sozinha com ele num estábulo.   

     Por isso fiz o que qualquer pessoa sensata faria. Cravei o forcado no pé dele e corri feito louca para casa, ignorando seu grito de dor"

        "Amor impiedoso, cruel e maligno. É isso o que ele quer? será que foi isso o que sempre esperou de mim? Lucius chegou a esperar algum tipo de "amor" entre nós?"